Inovação não é mais uma Opção — É a nova regra do jogo

A inovação é a grande linha que separa a estagnação do sucesso. Essa frase pode fazer sentido para muitos, mas algumas empresas ainda não entenderam que a inovação não é “algo bonitinho” que você deve adotar apenas quando deseja alcançar certos objetivos, mais que isso, a inovação é o grande pilar para que você continue no mercado, um requisito para se manter no mercado cada vez mais globalizado. Se você não inovar, alguém vai fazer no seu lugar. Se trata de uma questão de sobrevivência.

Um estudo realizado pela McKinsey, consultoria empresarial americana, aponta que empresas que possuem foco em inovação possuem 2,5x mais chances de continuarem no topo do seu setor. Isso, claro, reflete em diversos aspectos da empresa, como lucratividade, posicionamento de marca e autoridade e produtividade. Esses pilares mantêm a roda da empresa girando, dando espaço para a inovação trazer cada vez mais resultados.

Para entender como a inovação por si só é uma peça poderosa, algumas empresas nascem da inovação de algo já estabelecido. O exemplo mais claro disso é a UBER. Ela não precisou criar o carro ou a necessidade de se locomover, ambas as coisas já existiam. A inovação está presente na maneira que o problema é resolvido, como algo que já existia poderia melhorar. E acredite… sempre é possível melhorar.

Introduzir algo novo coloca sua empresa ou projeto no centro das atenções, atraindo interesse imediato do mercado. Isso desperta curiosidade, leva a um aumento no consumo e, consequentemente, a um maior retorno financeiro. De acordo com relatórios da Harvard Business Review empresas que dedicam seus esforços em inovações possuem 30% a mais de chances de retorno sobre investimento (ROI) do que as que não investem.

É possível afirmar que a inovação está diretamente relacionada ao retorno financeiro? A resposta é SIM. Um estudo conduzido pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com o World Retail Congress (WRC) demonstra que os varejistas que destinam uma média de 13% dos seus recursos à inovação alcançam um retorno sobre o investimento (ROI) de 21%. Em contraste, aqueles que investem menos (cerca de 3%) apresentam um ROI de apenas 9%. O experimento foi realizado mundialmente e incluiu 78 executivos da América Latina.

Vale destacar que não é uma via de mão única onde só uma parte atinge os objetivos esperados. Seus clientes, seja o seu setor B2B ou B2C também são gratificados com a inovação no seu setor. Um estudo da Salesforce descobriu que 62% dos consumidores esperam que as empresas inovem continuamente para atender às suas necessidades e expectativas, afinal, quando resolvemos um problema outro pode surgir, e é melhor que seja você a encontrar uma forma inovadora de solucionar essa dor.

Todas as áreas saem ganhando. A inovação é maleável e pode se adaptar a várias formas de processos. A lucratividade é o braço mais importante da inovação, mas não é o único. A eficiência e a produtividade são outras áreas que também se beneficiam com o investimento correto em técnicas inovadoras. Um relatório da Capgemini revela que inovações tecnológicas e processos podem reduzir os custos operacionais em até 30%.

O maior exemplo desse sucesso é referência até hoje. A Toyota é um exemplo clássico de como inovação pode levar a redução de custos e eficiência operacional. Com a criação do Toyota Production System (TPS), o fabricante introduziu o conceito de produção enxuta, que se tornaria um modelo para todas as montadoras do setor. Mas além de ser uma forma mais barata de produzir carros, tornando a organização mais eficiente de uma forma geral, também impulsiona a produtividade. Isso significa que as empresas podem inovar mais rapidamente que o mercado a concorrência, criando assim um novo modelo comercial.

O cenário empresarial acaba se moldando em torno da Inovação. Diversos setores são beneficiados e com os colaboradores não seria diferente. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Gallup em 2020 Ao adotar métodos inovadores, as empresas possuem 20% mais chances de ter funcionários altamente engajados e motivados. Além disso, é provável que esses funcionários continuem na sua empresa por muito mais tempo, aumentando assim a taxa de retenção de talentos. Conforme a Deloitte 71% dos funcionários consideram a inovação e o ambiente de trabalho estimulante como fatores críticos para permanecer em uma empresa. 

Então, vale a pena investir na inovação? Se o objetivo é durar e tornar-se um líder em seu setor, então sim. Todas as empresas que conseguiram fazer isso estão no mercado até hoje e continuam reinventando as regras do jogo. 

A Apple e a Amazon são exemplos reais de inovação e sucesso. A Apple é uma das empresas mais bem-sucedidas do mundo hoje graças à inovação incessante por trás de seus produtos e da experiência do usuário. Sua capitalização ultrapassou US $ 2 trilhões, tornando-se líder em seu grupo no mundo. A Amazon, por sua vez, é a invenção final da experiência do consumidor e da cadeia de suprimentos. A receita das empresas passou de US $ 500 bilhões com a ajuda da experiência digital e sua capitalização está bem acima de US $ 1 trilhão. Ambos os exemplos mostram que a inovação não é um adiantamento, mas um requerimento absoluto para ser um líder.

Já no cenário brasileiro temos a Nubank, que inovou a forma de se relacionar com um “banco” dando muito mais pessoalidade para as finanças e mais transparência no processo. A “roxinha” registrou lucro líquido de US$ 378,8 milhões no apenas primeiro trimestre de 2024. Atualmente a Nubank é a maior plataforma de banco digital do mundo fora da Ásia, atendendo mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.

Inovação é a estrada para alcançar a liderança. Apple, Amazon, Nubank e muitas outras empresas converteram a inovação em um de seus elementos centrais, transformando desafios em oportunidades. A inovação deve ser mais do que um slogan da moda, deve ser o cerne e a alma da sua estratégia empresarial. A certeza é que as empresas que terão sucesso amanhã pertencem a inovadores obstinados hoje.

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