Onde estaremos em 2050? Para ser mais exato, onde o mercado estará? Para tomar as melhores decisões hoje precisamos ter um vislumbre de como queremos estar mais na frente, afinal, o resultado do amanhã depende das ações que tomamos agora. Com o mercado essa premissa não é diferente. Uma projeção do cenário futuro é necessária para obter os resultados esperados em qualquer setor.
Podemos pensar sobre como estará a economia, a reformulação de funções e até mesmo a criação de novas, a relação funcionário x empresa, as inovações tecnológicas que impulsionarão o mercado… tudo isso somado cria uma certa neblina de incertezas, mas o papel desse artigo é tentar imaginar o cenário do amanhã com base no “hoje”.
Um dos pontos mais incertos sobre o futuro é o emprego. Diversos emprego nasceram e morreram nas últimas décadas, entender como serão os novos modelos de emprego é crucial para entender a engrenagem de um setor. Sem dúvidas, quando imaginamos o futuro das profissões, pensamos no papel que a tecnologia terá nisso tudo.
Conforme o relatório Future of Jobs Report 2023 do World Economic Forum, das 803 empresas avaliadas, mais de 85% identificam o aumento da adoção de novas tecnologias de ponta e a ampliação do acesso digital como as tendências com maior probabilidade de impulsionar a transformação em sua organização. Ainda conforme o mesmo relatório, mais de 75% das empresas estão procurando adotar tecnologias como big data, computação em nuvem e Inteligência Artificial nos próximos cinco anos.
Já o ensaio realizado pela McKinsey & Company explora as profundas mudanças que a inteligência artificial e a automação trarão ao mercado de trabalho europeu e norte-americano até 2030. A análise mostra que até 30% das horas trabalhadas atualmente serão automatizadas, principalmente no trabalho de baixa remuneração. Esta é uma mudança que ambos os empregadores e trabalhadores precisarão se adaptar rapidamente; os trabalhadores precisarão desenvolver habilidades, especialmente aquelas que são técnicas e sociais.
Por outro lado, como o uso de IA generativa e outras tecnologias avançadas substituirá empregos existentes, também criará oportunidades para outros trabalhos, muitas vezes mais qualificados. É inegável que a tendência é uma virtualização cada vez maior de diversos setores, onde quem possui acesso e implementa as melhores tecnologias, sai na frente na corrida mercadológica. Nesse contexto, a Gartner, uma empresa que oferece insights objetivos sobre tecnologias emergentes, estabelece uma lista com 10 principais tendências tecnológicas estratégicas para 2024.
A primeira colocada do Top 10 é a inteligência Artificial para Segurança e Gerenciamento. Conforme a Gartner “Até 2026, as empresas que realizam aplicações de IA aumentarão a precisão da sua tomada de decisões, eliminando 80% das informações defeituosas e ilegítimas”. Ela acredita que as empresas que utilizam a IA de maneira certa executam mais projetos, obtêm mais valor comercial e experimentam maior precisão e consistência do modelo do que aqueles que não o fazem.
De maneira geral, a tecnologia demonstrou potencial para revolucionar… e as empresas perceberam isso. Um estudo realizado pelo Deloitte indica que executivos já esperam uma melhoria de 12% a 14% em áreas como vendas, rendimento e qualidade do investimento em casos de uso de metaversos industriais nos próximos anos, por exemplo.
Alguns termos ainda não são tão conhecidos na realidade de hoje, mas demonstram potencial para impactar diretamente o mercado no futuro. Digital Twins é um exemplo disso. O termo se refere a representações virtuais de objetos físicos, como instalações operacionais, peças de equipamento ou cidades inteiras. Segundo o Deloitte, analistas estimam que o mercado global de Digital Twins possa alcançar US$ 125,7 bilhões até 2030.
Conforme avançamos para 2050, torna-se claro o quão profundo e global será o cenário impactado pelas inovações tecnológicas que continuam a revolucionar todas as facetas da sociedade e da economia. As empresas que adotarem a mentalidade de transformação digital investindo em tecnologias emergentes, como inteligência artificial, big data e Digital Twins, terão uma vantagem competitiva. Eles liderarão a criação de novos modelos de negócios, redesenhando não apenas seus setores, mas a função que desempenham no mercado global.
Conforme o relatório da PWC, a economia global irá praticamente duplicar. Mercados como a China e a Índia podem assumir papéis importantes se mantido a posição de grandes polos tecnológicos. Isso demonstra que, intrinsecamente, empresas que adotarem métodos inovadores em seus processos irão naturalmente seguir um fluxo benéfico para o aumento da capital, autoridade e liderança do setor. É evidente que isso não acontecerá sem antes alguns desafios serem sobrepostos. A desigualdade econômica e as pressões ambientais representam riscos consideráveis. As mudanças climáticas, em particular, são apontadas como uma ameaça que pode desacelerar o crescimento de maneira significativa.
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